quinta-feira, 20 de junho de 2013

Persépolis - Marjane Satrapi


Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita – apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, comos olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama – e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

Nessa obra completa de Persépolis (anteriormente dividido em 4 volumes), Marjane Satrapi conta sua história no período da Revolução do Irã. Mesmo com dez anos, seus pensamentos políticos ultrapassavam sua idade. Tinha sangue revolucionário. Mas não entendia o porquê que o véu passou a ser obrigatório e seus coleguinhas meninos estudavam separado.
                Crescer nomeio da guerra não é fácil. A infância de Satrapi era tentar entender o que acontecia ao seu redor, e com ajuda dos seus pais, seu instinto revolucionário nunca morreu.

“A razão da minha vergonha e da revolução é a mesma: a diferença entre as classes sociais”.

Com 14 anos, sua vida no Irã estava tão difícil que seus pais a mandaram para a Áustria. Àquela menina que tinha pensamentos da esquerda e ocidentais não viveria bem ali, onde uma mulher maquiada era considerada prostituta.
Na Áustria, Satrapi passou por momentos complicados: seu primeiro amor a levou ao uso de drogas (e até em tráfico para o namorado e amigos), porém tinha muita vergonha do que fazia e da decepção que a sua família teria, pois sacrificaram tudo para que ela vivesse de forma livre.
Quando retorna ao Irã já adulta, Marjane muda sua vida e retorna com seus ideais políticos. E na França, publica essa autobiografia crua e incrivelmente sensível de uma mulher moderna do Irã que viveu no meio da Revolução e da guerra. O livro foi transformado em um longa – metragem de animação em 2007.


0 comentários:

Postar um comentário