sábado, 26 de maio de 2012

Tia Júlia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa





"Tia Júlia e o escrevinhador é um dos livros mais originais de Vargas Llosa. Mesclando humor e romance, com um forte fundo autobiográfico, o escritor narra a história de Varguitas, um jovem peruano com ambições literárias que, aos 18 anos, se apaixona por uma tia com quase o dobro da sua idade. Em paralelo a esse amor proibido, numa nostálgica Lima dos anos 50, Varguitas conhece Pedro Camacho, excêntrico autor de radionovelas cujos enredos mirabolantes fascinam os ouvintes. As novelas vão muito bem, até o dia em que Pedro Camacho, cansado pelo excesso de trabalho, começa a confundir enredos e personagens. E, ao mesmo tempo, o romance entre Varguitas e tia Júlia é descoberto pela família. Intercalando as aventuras do jovem peruano com os folhetins de Pedro Camacho, Vargas Llosa cria uma obra divertida e sutil, em que a realidade se mistura à ficção." (Skoob)


   Peguei esse livro na biblioteca depois de ver nas mãos de tantos amigos, e pela capa ter me chamado tanta a atenção. Não costumo ler nada que não seja da literatura americana ou britânica, e ler esse livro foi minha primeira (e incrível experiência) leitura de um escritor boliviano.


   É um livro magicamente diferente. Não tem como contar a história do livro. São muitas histórias juntas com uma história verdadeira do próprio autor. Em um capítulo, lemos sobre Varguitas com 18 anos em um romance com sua tia de trinta e poucos anos de idade. No outro capítulo, lemos a narração de uma radionovela, escrita pelo colega de trabalho de Varguitas, Pedro Camacho, um notário escritor.


   Cada radionovela termina no capítulo sem um fim, no meio do clímax. Você vai lendo cada capítulo na vontade de saber o final daquela história, mas ler outra ainda mais emocionante e sem fim. Enquanto isso, se delicia com o amor proibido de Varguitas, o escrevinhador e Tia Júlia.

  No final dos capítulos uma história vai se misturando a outra. Um fato que aconteceu em uma história vai se misturando em outra história, sem perder o sentido. Um personagem que era de uma radionovela se torna personagem de outra radionovela e o final da história de Tia Júlia e Varguitas é contada, com a simplicidade de uma história que realmente aconteceu. Enfim, foi uma ótima experiência ler Mario Vargas Llosa, apesar de ainda desejar muito saber o final de cada radionovela.


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